31 de out. de 2012

PRIMEIRAS PREGAÇÕES

 

Nos primeiros dias do ano 30, antes de suas gloriosas manifestações, avistou-se Jesus com o Batista, no deserto triste da Judéia, não muito longe das areias ardentes da Arábia. Ambos estiveram juntos, por alguns dias, em plena Natureza, no campo ríspido do jejum e da penitência do grande precursor, até que o Mestre Divino, despedindo-se do companheiro, demandou o oásis de Jericó, uma bênção de verdura e água, entre as inclemências da estrada agreste. De Jericó dirigiu-se então a Jerusalém, onde repousou, ao cair da noite.

Sentado como um peregrino, nas adjacências do templo, Jesus foi notado por um grupo de sacerdotes e pensadores ociosos, que se sentiram atraídos pelos seus traços de formosa originalidade e pelo seu olhar lúcido e profundo. Alguns deles se afastaram, sem maior interesse, mas Hanan, que seria, mais tarde, o juiz inclemente de sua causa, aproximou-se do desconhecido e dirigiu-se-lhe com orgulho:

– Galileu, que fazes na cidade?

– Passo por Jerusalém, buscando a fundação do Reino de Deus! – Exclamou o Cristo, com modesta nobreza.

– Reino de Deus? – tornou o sacerdote com acentuada ironia – E que pensas tu venha a ser isso?

– Êsse Reino é à obra divina no coração dos homens! – Esclareceu Jesus, com grande serenidade.

– Obra divina em tuas mãos? – Revidou Hanan, com uma gargalhada de desprezo.

E, continuando as suas observações irônicas, perguntou:

– Com que contas para levar avante essa difícil empresa? Quais são os teus seguidores e companheiros?... Acaso terás conquistado o apoio de algum príncipe desconhecido e ilustre, para auxiliar-te na execução de teus planos?

– Meus companheiros hão de chegar de todos os lugares. – Respondeu o Mestre com humildade.

– Sim – observou Hanan – os ignorantes e os tolos estão em toda parte da Terra. Certamente que esse representará o material de tua edificarão. Entretanto, propões-te realizar uma obra, divina e já viste alguma estátua perfeita modelada em fragmentos de lama?

– Sacerdote – replicou-lhe Jesus, com energia serena – nenhum mármore existe mais puro e mais formoso do que o do sentimento, e nenhum cinzel é superior ao da boa vontade sincera.

Impressionado com a resposta firme e inteligente, o famoso juiz ainda interrogou:

– Conheces Roma ou Atenas '?

– Conheço o amor e a verdade. – Disse Jesus convictamente.

– Tens ciência dos códigos da Corte Provincial e das leis do Templo? – Inquiriu Hanan, inquieto.

– Sei qual é a vontade de meu Pai que está nos céus. – Respondeu o Mestre, brandamente.

O sacerdote o contemplou irritado e, dirigindo-lhe um sorriso de profundo desprezo, demandou a Torre Antônia, em atitude de orgulhosa superioridade.

No dia seguinte, pela manhã, o mesmo formoso peregrino foi ainda visto a contemplar as maravilhas do santuário, antes alguns minutos de internar-se pelas estradas banhadas de sol, a c aminho de sua Galiléia distante.

***

Daí a alguma tempo, depois de haver passado por Nazaré, descasando igualmente em Caná, Jesus se encontrava nas circunvizinhanças da cidadezinha de Cafarnaum, como se procurasse, com viva atenção, algum amigo que estivesse à sua espera.

Em breves instantes, ganhou as margens do Tiberíades e se dirigiu; resolutamente, a um grupo alegre de pescadores, como se, de antemão, os conhecesse a todos.

A manhã era bela, no seu manto diáfano de radiosas neblinas. As águas transparentes vinham beijar os eloendros da praia, como se brincassem ao sopro das virações perfumadas da Natureza.

Os pescadores ecoavam- uma cantiga rude e, dispondo inteligentemente as barcaças móveis, deitavam as redes, em meio ele profunda alegria.

Jesus aproximou-se do grupo e, assim que dois deles desembarcaram em terra, falou-lhes com amizade :

– Simão e André, filhos de Jonas, venho da parte de Deus e vos convido a trabalhar pela instituição de seu reino na Terra!

André lembrou-se de já o ter visto, nas cercanias de Betsaida e do que lhe haviam dito a seu respeito, enquanto que Simão, embora agradavelmente surpreendido, o contemplava, enleado. Mas, quase a um só tempo, dando expansão aos seus temperamentos acolhedores e sinceros, exclamaram, respeitosamente:

– Sede bem-vindo!...

Jesus então lhes falou docemente do Evangelho, com o olhar incendido de júbilos divinos.

Estando muitos outros companheiros do lago a observar de longe os três, André, manifestando a sua tocante ingenuidade, exclamou comovido :

– Um rei? Mas em Cafarnaum existem. Tão poucas casas....

Ao que Pedro obtemperou, como se a boa vontade devesse suprir todas as deficiências:

O lago é muito grande e há várias aldeias circundando estas águas. O reino poderá abrangê-las todas!

-Isso dizendo, fixou em Jesus o olhar perquiridor, como se fora uma grande criança meiga, e sincera, desejosa de demonstrar, compreensão e bondade. O Senhor esboçou um sorriso sereno e, como se adiasse com prazer as suas explicações para mais tarde, inquiriu generosamente :

– Quereis ser meus discípulos?

André e Simão se interrogaram a si mesmos, permutando sentimentos de admiração embevecida. Refletia Pedro: que homem seria, aquele? Onde já lhe escutara o timbre carinhoso da voz íntima e familiar? Ambos os pescadores se esforçavam por dilatar o domínio de suas lembranças, de modo a encontrá-la nas recordações mais queridas. Não sabiam, porém, como explicar aquela fonte de confiança e de amor que lhes brotava no âmago do espírito e, sem hesitarem, sem uma sombra de dúvida, responderam simultaneamente:

– Senhor, seguiremos os teus passos.

Jesus os abraçou com imensa ternura e, como os demais companheiros se mostrassem admirados e trocassem entre aí ditérios ridicularizadores, o Mestre acompanhado de ambos e de grande grupo de curiosos, se encaminhou para o centro de Cafarnaum, onde se erguia a Intendência de Antipas. Entrou calmamente na coletoria e, avistando um funcionário culto, conhecido publicano da cidade, perguntou-lhe:

– Que fazes tu, Levi?

O interpelado fixou-o com surpresa ; mas, seduzido pelo suave magnetismo de seu olhar, respondeu sem demora :

– Recolho os impostos do povo, devidos a Herodes.

– Queres vir comigo para recolher os bens do céu? – Perguntou-lhe Jesus, com firmeza e doçura.

Levi, que seria mais tarde o apóstolo Mateus, sem que pudesse definir as santas emoções que lhe dominaram a alma, atendeu comovido:

– Senhor, estou pronto!...

– Então, vamos. – Disse Jesus, abraçando-o.

Em seguida, o numeroso grupo se dirigiu para a casa de Simão Pedro, que oferecera ao Messias acolhida sincera em sua residência humilde, onde o Cristo fez a primeira exposição de sua consoladora doutrina, esclarecendo que a adesão desejada era a do coração sincero e puro, para sempre, às claridades do seu reino. Iniciou-se naquele instante a eterna união dos inseparáveis companheiros.

***

Na tarde desse mesmo dia, o mestre fez a primeira pregação da Boa-Nova na praça ampla cercada de verdura e situada naturalmente junto às águas.

No céu, vibravam harmonias vespertinas, como se a tarde possuísse também uma alma sensível. As árvores vizinhas acenavam os ramos verdes ao vento do crepúsculo, como mãos da Natureza que convidassem os homens à celebração daquele primeiro ágape. As aves ariscas pousavam de leve nas alcaparreiras mais próximas, como se também desejassem senti-lo, e na praia extensa se acotovelava a grande multidão de pescadores rústicos, de mulheres aflitas por continuadas flagelações, de crianças sujas e abandonadas, misturados publica-nos pecadores com homens analfabetos e simples que haviam acorrido, ansiosos por ouvi-lo.

Jesus contemplou a multidão e enviou-lhe um sorriso de satisfação. Contrariamente às ironias de Hanan, ele aproveitaria o sentimento como mármore precioso e a boa vontade como cinzel divino. Os ignorantes do mundo, os fracos, os sofredores, os desalentados, os doentes e os pecadores seriam em suas mãos o material de base para a sua construção eterna e sublime. Converteria toda miséria e toda dor num cântico de alegria e, tomado pelas inspirações sagradas de Deus, começou a falar da maravilhosa beleza do seu reino. Magnetizado pelo seu amor, o povo o escutava num grande transporte de ventura. No céu, havia uma vibração de claridade desconhecida.

Ao longe, no firmamento de Cafarnaum, o horizonte se tornara um deslumbramento de luz e, bem no alto, na cúpula dourada e silenciosa, as nuvens delicadas e alvas tornavam a forma suave das flores e dos arcanjos do Paraíso.

Irmão X - Humberto de Campos

Do livro “Boa Nova”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

30 de out. de 2012

CIELITO LINDO


Aqui está uma partitura facilitada do folclore mexicano.

20 de out. de 2012

MENSAGEM BREVE

Realmente você tem razão quando afirma que o mundo parece modificado e que precisamos imenso desassombro para viver dentro dele.

 Os últimos cinqüenta anos operaram gigantesca reviravolta nos costumes da Terra. A casa patriarcal que havíamos herdado do século XIX transformou-se no apartamento a dependurar-se nos arranha-céus; a locomotiva enfumaçada é quase uma jóia rara de museu à frente do avião que elimina distancia; a gazeta provinciana foi substituída pelos jornais da grande imprensa; e os saraus caseiros desapareceram, ante a invasão do rádio, cuja programação domina o mundo.

 
O automóvel, o transatlântico, o cinema e a televisão constituem outros tantos fatores de informe rápido, alterando a mente do povo em todos os climas.

 E a garantia dos cidadãos? Em quase todos os países há leis de segurança para empregados e patrões, homens, mulheres, jovens e crianças.

 Há direito de greve, licença, litígio e descanso remunerado.

 Existem capitães da indústria e comércio, acumulando riquezas mágicas de um dia para outro, desde que não soneguem o imposto relativo aos monopólios que dirigem contra a harmonia econômica.

 Temos operários desfrutando inexplicável impunidade, na destruição das casas em que trabalham, com a indisciplina protegida em fundamentos legais.

Há jovens amparados na difusão da leviandade e da mentira, sem qualquer constrangimento por parte das forças que administram a vida pública.

Não estamos fazendo pessimismo.

 Sabemos que o mundo permanece sob o governo místico das rédeas divinas e não ignoramos que qualquer perturbação é fenômeno passageiro, em função desajusta da própria região onde surge o desequilíbrio.

Com as nossas observações, tão somente nos propomos reconhecer que a criatura humana de nossa época está mais livre e, por isso, mais destacada em si mesma.

Nos grandes períodos de transição, qual o que estamos atravessando, somos como que chamados pela Sabedoria Divina a provar nossa, madureza interior, nossa capacidade de auto direção.

 Dai resulta a desordem aparente, em que somos compelidos à revelação da própria individualidade.

 Na organização coletiva, no grupo social, na equipe de trabalho ou no reduto domestico, vê-se o homem de hoje obrigado a mostrar-se tal qual é, classificando-se, de imediato, pela própria conduta.

 As dissensões, os conflitos, as lutas e os embates de todas as procedências oferecem s impressão de caos, provocando a gritaria dos profetas da decadência, e, por isso mesmo, as almas que não se armaram de fé e que não se sustentaram fiéis às raízes simples da vida sofrem pavorosos desastres psíquicos, que as situam nos escuros domínios da alienação mental.

 Cresce a loucura em todas as direções.

 O hospício é a última fronteira dos enfermos do espírito, de vez que se agitam eles em todos os setores de nosso tempo, à maneira de consciências que, impelidas ao auto-exame, tentam fugir de si mesmas, humilhadas e estarrecidas.

 Em razão disso, creia que o melhor caminho para não cair nas mãos dos psiquiatras é o ajustamento real de nossa personalidade aos princípios cristãos que abraçamos, porque o problema é da alma e não da carne.

 Não precisaremos discutir.

 A hora atual da Terra é inegavelmente dolorosa, mas a tempestade de hoje passará, como as de ontem.

 Refugiemo-nos em Cristo.

 O Senhor é a nossa fortaleza.

 Se tivermos bastante coragem de viver o Cristianismo em sua feição pura, na condição de solitários carregadores de nossa cruz, poderemos encarar valorosamente a crise e dizer-lhe num sorriso confiante: - vamos ver quem pode mais.


Por: Humberto de Campos (Irmão X)
Do livro: Cartas e Crônicas,  Médium: Francisco Cândido Xavier

 

17 de out. de 2012

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

"Vive-se, na Terra, o momento da grande transição de mundo de provas e de expiações, para mundo de regeneração.


As alterações que se observam são de natureza moral, convidando o ser humano à mudança de comportamento para melhor, alterando os hábitos viciosos, a fim de que se instalem os paradigmas da justiça, do dever, da ordem e do amor.

Anunciada essa transformação que se encontra ínsita no processo da evolução, desde o sermão profético anotado pelo evangelista Marcos, no capítulo XIII do seu livro, quando o Divino Mestre apresentou os sinais dos futuros tempos após as ocorrências dolorosas que assinalariam os diferen-tes períodos da evolução.

Sendo o ser humano um Espírito em processo de crescimento intelecto-moral, atravessa diferentes níveis nos quais estagia, a fim de desenvolver o instinto, logo depois a inteligência, a consciência, rumando para a intuição que será alcançada mediante a superação das experiências primevas, que o assinalam profundamente, atando-o, não raro, à sua natureza animal em detrimento daquela espiritual que é a sua realidade.

Mediante as reencarnações, etapa a etapa, dá-se-lhe o processo de eli-minação das imperfeições morais, que se transformam em valores relevantes, impulsionando-o na direção da plenitude que lhe está destinada.



Errando e corrigindo-se, realizando tentativas de progresso e caindo, para logo levantar-se, esse é o método de desenvolvimento que a todos pro-pele na direção da sua felicidade plena.

Herdeiro dos conflitos em que estorcegava nas fases iniciais, deve en-frentar os condicionamentos enfermiços, trabalhando pela aquisição de novas experiências que lhe constituam diretrizes de segurança para o avanço.

Em face das situações críticas pelo carreiro carnal, gerando complica-ções afetivas, porque distante das emoções sublimes do amor, agindo mais pelos instintos, especialmente aqueles que dizem respeito à preservação da vida, à sua reprodução, á violência para a defesa sistemática da existência corporal, agride, quando deveria dialogar, acusa, no momento em que lhe seria lícito silenciar a ofensa ou a agressão, dando lugar aos embates infelizes geradores do ressentimento, do ódio, do desejo de desforço, esses fi-lhos inconseqüentes do ego dominador.

O impositivo do progresso, porém, é inarredável, apresentando-se como necessidade de libertação das amarras vigorosas que o retêm na retaguarda, ante o deotropismo que o fascina e termina por arrebatá-lo.

Colocado, pela força do determinismo, na conjuntura do livre-arbítrio, nem sempre lógico, somente ao impacto do sofrimento desperta para com-preender quão indispensável lhe é a aquisição da paz, a conquista do bem-estar... Nesse comenos, dá-se conta dos males praticados, dos prejuízos causados a outros, nascendo-lhe o anelo de recuperar-se, auxiliando aqueles que foram prejudicados pela sua inépcia ou primitivismo em relação aos deveres que fazem parte dos soberanos códigos de ética da vida.

Atrasando-se ou avançando pelas sendas libertadoras, desenvolve os te-souros adormecidos na mente e no sentimento, que aprende a colocar a serviço do progresso, avançando consciente das próprias responsabilidades.

Infelizmente, esse despertar da consciência tem-se feito muito lentamen-te, dando lugar aos desmandos que se repetem a todo momento, às lutas sangrentas terríveis.

Predominam, desse modo, as condutas arbitrárias e perversas, na sociedade hodierna, em contraste chocante com as aquisições tecnológicas e científicas logradas na sucessão dos tempos.

Observam-se amiúde os pródromos dos sentimentos bons, quando alguém é vítima de uma circunstância aziaga, movimentando grupos de socorro, ao tempo que outras criaturas se transformam em seres-bomba, as-sassinando, fanática e covardemente outros que nada têm a ver com as tragédias que pretendem remediar por meios mais funestos e inadequados do que aquelas que pretendem combater...

Movimentos de proteção aos animais sensibilizam muitos segmentos da sociedade, no entanto, incontáveis pessoas permanecem indiferentes a milhões de crianças, anciãos e enfermos que morrem de fome cada ano, não por falta de alimento que o planeta fornece, mas por ausência total de compaixão e de solidariedade...

Fenômenos sísmicos aterradores sacodem o orbe com freqüência, despertando a solidariedade de outras nações, em relação àquelas que foram vitimadas, enquanto, simultaneamente, armas ditas inteligentes ceifam
 
outras centenas e milhares de vida, a serviço da guerra, ou de revoluções in-termináveis, ou de crimes trabalhados por organizações dedicadas ao mal...

São esses paradoxos da vida em sociedade, que a grande transição que ora tem lugar no planeta irá modificar.

As criaturas que persistirem na acomodação perversa da indiferença pela dor do seu irmão, que assinalarem a existência pela criminalidade conhecida ou ignorada, que firmarem pacto de adesão à extorsão, ao suborno, aos diversos comportamentos delituosos do denominado



colarinho branco, mantendo conduta egotista, tripudiando sobre as aflições do próxi-mo, comprazendo-se na luxúria e na drogadição, na exploração indébita de outras vidas, por um largo período não disporão de meios de permanecer na Terra, sendo exiladas para mundos inferiores, onde irão ser úteis limando as arestas das imperfeições morais, a fim de retornarem, mais tarde, ao seio generoso da mãe-Terra que hoje não quiseram respeitar.


O egrégio codificador do Espiritismo, assessorado pelas Vozes do Céu, deteve-se, mais de uma vez, na análise dos trágicos acontecimentos que sacudiriam a Terra e os seus habitantes, a fim de despertar os últimos para as responsabilidades para consigo mesmos e em relação à primeira.

Em O Livro dos Espíritos, no capítulo dedicado à Lei de destruição, o insigne mestre de Lyon estuda as causas e razões dos desequilíbrios que se dão no planeta com frequência, ensejando as tragédias coletivas, bem como aquelas produzidas pelo ser humano, e constata que é necessário que tudo se destrua, a fim de poder renovar-se. A destruição, portanto, é somente produzida para a transformação molecular da matéria, nunca atingindo o Espírito, que é imortal.



Desse modo, as grandes calamidades de uma ou de outra procedência têm por finalidade convidar a criatura humana à reflexão em torno da tran-sitoriedade da jornada carnal em relação à sua imortalidade.

As dores que defluem desses fenômenos denominados como flagelos destruidores, objetivam fazer a

"Humanidade progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreci-ais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que


mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos."

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Eis, portanto, o que vem ocorrendo nos dias atuais.

As dores atingem patamares quase insuportáveis e a loucura que toma conta dos arraiais terrestres tem caráter pandêmico, ao lado dos transtor-nos depressivos, da drogadição, do sexo desvairado, das fugas psicológicas espetaculares, dos crimes estarrecedores, do desrespeito às leis e à ética, da desconsideração pelos direitos humanos, animais e da Natureza... Chega-se ao máximo desequilíbrio, facultando a interferência divina, a fim de que se opere a grande transformação de que todos temos necessidade urgente.

Contribuindo na grande obra de regeneração da Humanidade, Espíritos de outra dimensão estão mergulhando nas sombras terrestres, afim de que, ao lado dos nobres missionários do amor e da caridade, da inteligência e do sentimento, que protegem os seres terrestres, possam modificar as pai-sagens aflitivas, facultando o estabelecimento do Reino de Deus nos corações.
Reconhecemos que essa nossa informação poderá causar estranheza em alguns estudiosos do Espiritismo, e mesmo reações mais severas noutros... Nada obstante, permitimo-nos a licença de apresentar o nosso pensamento após a convivência com nobres mentores que trabalham no elevado pro-grama da grande transição...

Equipes de apóstolos da caridade no plano espiritual também descem ao planeta sofrido, a fim de contribuir em favor das mudanças que devem operar-se, atendendo aqueles que se encontram excruciados pela desencar-nação violenta, inesperada, ou padecendo o jugo de obsessões cruéis, ou fixados em revolta injustificável, considerando-se adversários da Luz, membros da sanha do Mal, afim de melhorar a psicosfera vigente, desse modo, facilitando o trabalho dos Mensageiros de Jesus.

Na presente obra, apresentamos três fases distintas, mas que se interpenetram, em torno do trabalho a que fomos convocado, mercê da compaixão do Amor, de modo a acompanharmos as ações de enobrecimento de dignos e valorosos Benfeitores, vinculados ao programa em desenvolvimento a respeito da transição planetária que se vem operando desde há algum tempo...



O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Parte 3a. Capítulo VI, questão n° 737, 29a edição da FEB. Nota do autor espiritual.




Não temos outro objetivo, senão estimular os servidores do Bem a pros-seguirem no ministério, a qualquer custo, sem desânimo nem contrariedade, permanecendo certos de que se encontram amparados em todas as situa-ções, por mais dolorosas se lhes apresentem.

Procuramos sintetizar as operações de socorro aos desencarnados viti-mados pelo tsunami ocorrido no Oceano Índico, devastador e de conse-quências graves, que permanece ainda gerando sofrimento e desconforto, especialmente porque sucedido de outros tantos que prosseguem ocorrendo com freqüência assustadora...

Logo após, referimo-nos ao contributo especial dos Espíritos dedicados às tarefas de reencarnação dos novos obreiros, terrestres ou voluntários de outra dimensão cósmica, passando à análise dos tormentos que invadem a Terra, assim como da interferência dos Espíritos infelizes, que se compra-zem em manter o terrível estado atual de aturdimento.

Nada obstante, em todos os momentos, procuramos demonstrar a provi-dencial misericórdia de Jesus, sempre atento com os Seus mensageiros a todas as ocorrências planetárias, minimizando as aflições humanas e a-brindo espaço ao dia radioso de amanhã, que se aproxima, rico de bênçãos e de plenitude.

Agradecendo ao Senhor de nossas vidas e aos Espíritos superiores in-vestidos da sublime tarefa da grande transição planetária, por haver-nos concedido a honra do trabalho ao seu lado, sou o servidor devotado de sempre.

Salvador, 09 de abril de 2010. Manoel Philomeno de Miranda

AMAPOLA

Esta melodia foi gravada por inúmeros autores em vários ritmos diferentes. Para copiá-la, clique sobre ela com o botão direito e salve a imagem. Depois é só executar.


EM TEMPO:


Aproveitando o espaço, um trecho do livro TRANSIÇÃO PLANETÁRIA, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Pereira Franco.
"Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso e que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiri-am obstáculo ao progresso,. .Substituí-los-ão Espíritos me-lhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fra-ternidade..."

"...A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos a partida de uma e a chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares..."

(A GÊNESE, de Allan Kardec. A geração nova, Cap. XVIII - Itens 27 e 28. 13. edição da FEB.)

BLUEBERRY HILL

Uma partitura extraída do programa Band-in-a-box.
 

15 de out. de 2012

8 MIL PARTITURAS ENCORE

A partitura de DREAM A LITTLE DREAM OF ME e mais oito mil partituras no formato encore poderão ser encontradas no site 4SHARED. Para baixá-las clique aqui. Milhares de partituras são oferecidas gratuitamente pelo site CLAVE DE SUL. Outro tanto é ofertado pelo site SOLANOMUSIC.

8 de out. de 2012

FABIO REZENDE STRAFORIM


FÁBIO REZENDE STRAFORIM, brasileiro, solteiro, nascido aos 29/07/1977, com 35 anos de idade, ajudante de eletricista, branco, desapareceu  no dia 08/07/2012, sem deixar qualquer pista.
Todos os documentos, inclusive de sua moto, ficaram no apartamento da Rua Cel. Augusto de Oliveira Salles, 874 - CDHU, na cidade de São Carlos SP.
Qualquer informação positiva sobre o seu paradeiro, entrar em contato com o Primeiro Distrito Policial de São Carlos - Rua Major José Inácio, 3207 - Vila Nery. Telefone (16) 3372 1163.