27 de mar. de 2012

A HISTORIA DO BURRO

Um dia, o burro de um camponês caiu num poço. Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria. Por isso o animal chorou fortemente durante horas, enquanto o camponês pensava no que fazer.

Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que já que o burro estava muito velho e que o poço estava mesmo seco, precisaria ser tapado de alguma forma. Portanto, não valia a pena se esforçar para tirar o burro de dentro do poço. Ao contrário, chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar vivo o burro. Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço.

O burro não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele e chorou desesperadamente. Porém, para surpresa de todos, o burro aquietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou. O camponês finalmente olhou para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu.

A cada pá de terra que caía sobre suas costas o burro a sacudia, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão. Assim, em pouco tempo, todos viram como o burro conseguiu chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali trotando.

A vida vai te jogar muita terra nas costas. Principalmente se você já estiver dentro de um poço. O segredo para sair do poço é sacudir a terra que se leva nas costas e dar um passo sobre ela. Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima. Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por vencidos.

Extraído do site SEMPRE CATÓLICO o qual contém muitas histórias interessantes.



26 de mar. de 2012

PRECE DA MANHÃ

Senhor!

No silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-te a Paz, a Sabedoria e a Força.
Quero ver, hoje, o mundo com os olhos cheios de amor, ser paciente, compreensivo, manso e prudente.
Ver, além das aparências, teus filhos como TU mesmo os vê, e assim, não ver senão o Bem em cada um.
Cerra meus ouvidos a toda calúnia.
Guarda a minha língua de toda maldade.
Que só de bênçãos se enche meu espírito.
Que todos que a mim se achegarem sintam a TUA PRESENÇA.
Reveste-me de TUA BELEZA, Senhor, e que no decurso deste dia eu TE revele a todos.
Que Assim Seja.

1 de mar. de 2012

ASSUNTO DE DESCANSO

Em carta, você me pede,
Meu caro Joaquim Picanço,
Que eu diga do Mais Além,
O que há sobre descanso.

Diz você: “-- Fale, Cornélio,
Sem exagero e sem corte,
Que se pensa do repouso
Na vida depois da morte.”

Olhe, Quincas, de começo
É meu dever afirmar:
Se você sente fadiga,
O remédio é descansar.

Quem serve perdendo forças
Em ação ou pensamento,
Precisa, de quando em quando,
Restauração a contento.

Não conheço engenho algum
Mesmo só quando se arraste,
Que não espere o socorro
Da pausa contra o desgaste.

Pense na Terra girando;
Luz do dia – ação acesa,
A sombra que envolve a noite
É o sono da natureza.

Trabalhar no bem de todos,
De qualquer modo é dever,
Quem desiste de servir
Larga o melhor a fazer.

A criatura cai fora,
Busca sossego e mais nada.
Depois ... é a própria criatura
Que fica prejudicada.

A grande questão no assunto,
Exposta, em linhas gerais,
É a série de prejuízos
Quando o descanso é demais.

Além da morte, meu caro,
É que se vê, dia-a-dia,
Que se vive, sobretudo,
Nas formas que a mente cria.

Você recorda a preguiça
Do nosso Antônio Corazza;
Morreu ... mas vive escondido
Num canto da própria casa.

Viveu Julinha em repouso
No Roçado da Parede,
Agora desencarnada,
Vive atolada na rede.

Recusou qualquer encargo,
O nosso amigo João Gama,
Sem corpo, pensa no céu,
Dormindo de cama em cama.

Sempre fugiu do trabalho
Nosso caro Ludgero,
Agora chegou aqui,
Lutando na estaca zero.

Viveu, por gosto, em poltrona,
Nossa Lalaia Joaninha,
Noutra vida quer ação,
Quer andar, mas não caminha.

Nenhum esforço na Terra
Apareceu em João Tampa ...
Sem corpo, vê-se nos céus,
Morando na própria campa.

Viveu parado, mas tanto,
Nosso amigo Albergaria,
Que após largar-se do corpo
Entrou em paralisia.

Desencarnado em preguiça,
O nosso Juca Dirceu,
Vive xingando o serviço
Estirado num museu.

É isso aí, caro amigo,
Não fuja de luta boa,
Se você quer melhorar
Não queira descanso à-toa.

Todos temos dons na vida
Para servir e aprender,
Mas quem não queira trabalho
Que progresso pode ter?

O tempo é assim como o Sol
Que segue fazendo o bem;
Brilha, passa e ajuda a todos
Mas não espera ninguém.

CORNÉLO PIRES - LIVRO: CONVERSA FIRME - Francisco Cândido Xavier